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SEMPRE HA UMA ESPERANCA

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Autor:
Roboels (veja mais livros deste autor)
Kuhl, Euripedes (veja mais livros deste autor)
Editora:
PETIT(veja mais livros desta editora)

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Sinopse

Faltando dois dias para o Natal, a grande loja de brinquedos estava lotada de compradores, embora com o estoque quase findo.Karen, entrando na loja, dirigiu-se para perto de um grupo de freguesas que estavam sendo atendidas no balcão das bonecas.Olhou para uma boneca muito bonita que, solitária, ocupava imenso vazio na prateleira. Sinal de que deveria ser muito cara, pois como entender que até aquele momento ainda não tinha sido vendida?Parou, estática, defronte à prateleira da boneca "sem irmãs", conforme pensou. Ergueu o dedinho indicador e apontou para a boneca.Como permanecesse nessa posição por vários minutos, acabou chamando a atenção de algumas pessoas. A gerente da loja, vendo aquela criança de aproximadamente sete ou oito anos, desacompanhada, apontando há tanto tempo para a boneca, sem se mexer ou falar, aproximou-se dela:– Meu bem, o que você deseja?A resposta era óbvia. Mas, como o tratamento protocolar-comercial fosse rotina na loja, não "ficaria bem" uma freguesa deixar de ser tratada com cortesia.Isso, embora Karen, necessariamente, não demonstrasse ser freguesa, mas talvez uma criança que tivesse se afastado momentaneamente dos pais.Esse julgamento foi feito pela gerente, pois a criança, se não estava muito bem vestida, pelo menos não demonstrava ser pedinte, o que era comum, principalmente naquela época. Até porque o segurança à porta havia permitido a entrada dela na loja.Nenhuma resposta.A gerente, um tanto constrangida por ser alvo de alguns olhares, insistiu:– Minha filha, podemos ajudá-la?O tratamento continuava cortês, aparentemente carinhoso.A criança não se mexia. Seu dedinho apontava fixo para a boneca.Duas senhoras mais próximas perceberam o que estava acontecendo, pois aquela criança, imóvel, apontando para uma boneca, despertou-lhes não só a atenção mas, mais que isso, emoção e dó.A criança, sem contrair um único músculo da face ou de todo seu corpinho, começou a verter lágrimas.A cena, de início um tanto quanto patética, tornou-se comovente.A gerente abaixou-se, colocou o braço sobre os ombros daquela criança e perguntou-lhe:– Como você se chama?– Karen...– Quantos anos você tem?– Oito...– Onde está sua mãe?– Na rua, vendo se ganha comida...– E o que você veio fazer aqui? Quer comida?Esse o momento esperado por Karen, que, embora nos seus poucos anos, era astuta.Sem abaixar o dedo, respondeu ingenuamente:– Papai Noel, ali fora, disse que o que eu quisesse ganharia e mandou eu entrar...Soluçou alto, por três vezes. – Quero aquela boneca...Com evidentes sinais de desconforto, a gerente ainda arriscou, embora já suspeitasse qual seria a resposta:– Onde está o dinheiro para comprar a boneca? Você sabe que ela custa caro, não sabe, meu amor?– Não, senhora, não sei, não tenho dinheiro. E estou com fome...A gerente se perdeu e sem qualquer raciocínio mais adequado, forçou a saída daquela criança incômoda, pegando-lhe pelo braço e tentando levá-la para fora.A criança reagiu:– Estou com fome, me dá aquela boneca, para ser minha filhinha.Sensibilizada, uma das freguesas, das muitas que agora rodeavam Karen, tocou levemente o ombro da gerente e assumiu a compra da boneca.A criança, ao ganhar a boneca, ainda no interior da loja, abaixou a cabeça e disse para todos ouvirem:– Meus irmãozinhos vão chorar quando eu chegar...Sem entender direito, uma outra freguesa perguntou:– Por que eles vão chorar?– Porque eles não têm nenhum brinquedo.– Quantos irmãos você tem?– Dois.– Quantos aninhos eles têm?– Carlinhos tem quatro e Toninho tem sete.Antes que a mulher dissesse palavra, outra freguesa adiantou-se, dirigindo-se a uma amiga:– Você dá um brinquedo para um e eu dou para o outro.E assim foi feito, a loja iria entregar, na casa de Karen, um velocípede para o menor e uma bicicleta pequena para o maior. O custo dos três brinquedos, afinal, foi dividido entre cerca de oito freguesas, que fizeram questão de participar daquele caridoso ato.E mais, deram-lhe também dinheiro, suficiente para, ao menos, uma boa ceia de Natal. Assim, poucos instantes após ter entrado na loja, "de mãos e bolsos vazios", a menina saía abraçada à "sua filhinha", tendo garantido bons brinquedos para seus irmãozinhos e ainda com dinheiro para "comprar comida".Todos ficaram felizes.Somente eu fiquei profundamente infeliz, vendo fracassarem meus redobrados esforços para impedir o mau proceder de Karen.Embora criança ainda, ela já palmilhava estradas perigosas, e, o que é pior, com invisível e infeliz ajuda, para a qual deixou aberta sua mente infantil, rechaçando apoio cristão, invisível também.Impossível deter a sensação de fracasso, seguida de grande tristeza que se abatem sobre mim.Lágrimas incoercíveis saltaram de meus olhos, espelhando o quanto meu coração doía, ante a maneira infeliz com que aquela criança lidava com os sentimentos natalinos das pessoas.Logo me penitenciei de um também infeliz pensamento que não pude evitar: Jesus, o aniversariante que motivava toda a humanidade cristã às comemorações do Natal, não merecia aquela torpeza. Ainda mais vinda de uma criança.Arrependi-me ao recordar que o amor do Mestre perdoou ofensas maiores; certamente, perdoaria também aquela.– Natal, Natal, quando todos os homens darão amor uns aos outros, em vez de presentes materiais? – Perguntei, pensativo.

Ficha técnica

Código de barras:
9788572530262
Dimensões:
21.00cm x 14.00cm x 0.00cm
Edição:
1
Marca:
PETIT
ISBN:
8572530266
ISBN13:
9788572530262
Número de páginas:
224
Peso:
270 gramas

Sobre os autores

  • Nome do Autor ROBOELS
  • Nome do Autor KUHL, EURIPEDES